Dizem que nada dura para sempre

2014 não durou.
Eu poderia dizer: ainda bem que chegou ao fim! Mas acontece que não há como negar que as dificuldades trazem ensinamentos, e com 2014 não foi diferente.

Lendo outros blogs por aí e ouvindo de alguns amigos e familiares, percebi que esse ano foi barra pra muita gente, não sei se você, possível telespectador, pode concordar comigo. 2014 gerou mais ansiedade que entrega do Oscar, descabelou mais que pré apresentação de trabalho na faculdade. 2014 causou. 

Não tenho costume de fazer retrospectiva, pelo menos não escrita. Geralmente fico pensando só comigo mesma e analisando o que se passou o ano inteiro. Às vezes acho que sofro de amnésia, ou é aquele eterno clichê de que o ano voou, pois muita coisa parece que se perdeu no meio desses longos 12 meses. Mas com 2014 foi diferente. Marcou mais do que deveria. Parece que ele se vestiu de cor de rosa choque, pra aparecer mesmo. Pra não ser esquecido. Imaginem que eu, mais ausente que tudo nesse blog, resolvi vir no penúltimo dia do ano para falar sobre ele. 

2014 já começou capengando, trazendo resquícios do final de 2013, que não havia sido nada agradável. Eu me lembro que enquanto via os fogos no dia 1, passava um filme pela minha cabeça e confesso que o coração estava apertado. Não sei o porquê, mas esse momento sempre me emociona, principalmente quando as pessoas começam a se abraçar, sei lá.. é tão bom. Mas eu nem imaginava o que 2014 pretendia. 

Em 2014 meu irmão se casou. Sim, aquele chato de galocha. E eu fiquei tão, mas tão feliz! Ver TODA a família reunida, do lado da mãe e do lado do pai foi inexplicável. Me deu esperanças de que tudo pode se ajeitar de alguma forma. Não importa o tempo que demore. 

As aulas da faculdade começaram mais cedo por causa da Copa, o que não nos deixou muito felizes, mas era necessário. 
Fiz um estágio temporário que mudou a minha vida. Que me deu novas perspectivas e me fez acreditar mais em mim. Me fez entender mais uma vez que tudo acontece no seu tempo certo, seja isto clichê ou não.

2014 teve o pior período já passado na faculdade. Aconteceu o que era temido e junto disso um trilhão de coisas. O período do final de Maio até Agosto foi o mais temido. Foi difícil, cinza, pesado. Eu esqueci o aniversário de uma amiga querida, eu quis me enfiar em baixo das cobertas e só sair em 2015. Eu achei que só fosse piorando até cair em um buraco. Me deu desespero. 

Mas passou. Não durou mais do que o suficiente para me ensinar muitas coisas.

Teve a Copa que deu o que falar. Mas que emocionou, que juntou vários corações saltitantes em frente a TV e no estádio. Junto com a Copa veio o estágio do qual eu tanto precisava e ansiava. Chegou no momento certo, quando parecia que poderia ficar pior. 

Em 2014 eu fui morar em uma república. Ganhei amigos, inclusive são estrangeiros legais que me ensinaram Espanhol e me ajudaram nas provas. Aprendi a me virar sozinha ainda mais, aprendi a gostar e apreciar São Paulo, depois de passar quase três anos emburrada. Aprendi o quão bom é sair e deixar a minha cama desarrumada sem medo de interferir no bem estar dos outros, mas aprendi que tirar o dia de folga para arrumar o quarto, o guarda roupa e lavar roupa é satisfatório.

Na segunda parte de 2014 a melhor surpresa aconteceu e meu estômago voltou a ter borboletas pra lá e pra cá por alguém. Chegou de mansinho, ganhou meu coração e há quase 4 meses eu atormento alguém com as minhas cócegas bem feitas. 

Eu usei a calculadora mais do que poderia imaginar que usaria no curso. Gestão Financeira quase me deixou louca. Mas eu precisava passar. Estudei. Ele estudou. Nós estudamos e com toda a força e amor do mundo eu consegui. Nós conseguimos. E a minha saúde mental voltou ao normal.

2014 teve de tudo. Foi furacão, mas também foi calmaria. Teve doses duplas de ansiedade, mas se não fosse ansiedade não seria eu. Deu vontade de jogar tudo para o alto, a inspiração sumiu, o otimismo se escondeu e a paz só voltou a reinar no mês de aniversário, do Natal e das comidas. O blog ficou de lado mais uma vez, a vida passou e alguns objetivos se perderam, mas o saldo foi mais positivo que negativo. 2014 ensinou que é melhor se acalmar e focar, do que se descabelar, por mais impossível que pareça. 2014 deixou qualquer um mais forte. Deu tapa na cara e mandou não chorar, mas pegou no colo também. 2014 foi um misto de mãe brava e vó que manda pegar tudo no mercado. 

2014 me trouxe presentes que eu nem imaginava. Não sei se era pra compensar o transtorno, mas de qualquer forma: obrigada!

O post de desejos para 2015 fica para o ano que vem, rs. 

Beijos!



Comentários

  1. Como alguém que acompanhou, ainda que de longe, todas essas coisas, fico muito feliz por te ver assim, feliz. E 2014 também me maltratou, mas alguns momentos serão inesquecíveis. Sua metáfora da mãe e da avó ficou perfeita, haha.

    Espero apenas que 2015 seja mais tranquilo para nós duas, e que possamos manter em paz todas as nossas conquistas, esperando pelo futuro ♥

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  2. 2014 pode ter sido um ano difícil, mas ele só foi um teste para o que vem em 2015. Ano que vem promete ser mais difícil, mas eu acho que quando a gente está junto, qualquer dificuldade vira marolinha.

    Te amo.

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