Tomo meu chá de camomila e penso, enquanto escrevo. Penso nessa ansiedade que me corrói, nas incertezas do que virá e das respostas que não chegaram. Penso em como a existência é algo complicado, cheia de perguntas e poucas respostas.

  Acho que sofro mais pela cobrança que imagino terem de mim, do que na verdade é. Sofro pela ansiedade que faz com que eu imagine coisas. A ansiedade do que irão pensar, se irão gostar, se fiz o certo ou o errado. Quando na verdade, cada um está preocupado com a sua existência, as contas do final do mês. Ou pelo menos é com o que deviam estar.

  A gente segue tentando mascarar as dores, bebendo, comendo, fugindo de nós mesmos, sendo que à noite seremos apenas nós, a nossa companhia. Quando não há para onde fugir, devemos nos compreender e compreender o outro. Ser o melhor que pudermos, ter mais paciência e seguir lutando.

08/10/2017

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